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12 junho 2014

Veja a réplica de um cupinzeiro e cupins em miniatura

 12/06/2014:

Recentemente preparei (me valendo de vários procedimentos metodológicos) uma pesquisa para um seminário em uma universidade carioca. A temática do mesmo era elucidar o entendimento dos envolvidos acerca dos onze capítulos do livro Imagens da Organização de Gareth Morgan, mas como era de se esperar já que eu estava envolvido nada poderia ser 100% igual as pesquisas do tipo.

Então eu tinha que inventar algo que além de passar a mensagem que eu queria (e meu grupo aliás) também esboçasse bem o capítulo que estudamos. Essa mensagem era bem... ser imaginativo em um mundo corporativo cada vez mais preso a velhas óticas organizacionais. No nosso capítulo tinha um apêndice que mostra isso bem.

Ele usava como base para esse entendimento uma metáfora com cupins! E aí pensei: vou fazer alguns cupins e um cupinzeiro! E agora gente venho aqui mostrar como ficou essa ora.



Com essa garrafa PET de 600ml eu fiz a base o legal é que ainda pode reciclar uma coisa que ia fazer um estrago se fosse largada em um lixão. Até recomendo que quem quer dar um fim útil para esse tipo de coisa recicle. Crie esculturas enfim exercite a sua imaginação e ainda de quebra ajude a natureza.



Nessa etapa a garrafa já foi coberta por argila (dessas comuns mesmo) e como base usei um pedaço de isopor.



 

Aqui já modelei o que viria por dentro do cupinzeiro. Fiz os túneis, os fungos e as câmaras que são construídas pelos cupins operários. A estrutura de um cupinzeiro é muito complexa e feita sem nenhum planejamento. Ainda assim eles conseguem instintivamente criar estrutura incríveis e bem diferentes uma das outras. A intenção que tive ao esculpir esse interior foi justamente tentar mostrar essa complexidade. Por também fiz aqueles furos, pois os tuneis não são feitos em uma única direção.


Essa é a foto de um cupinzeiro de verdade
Foto: jonlieffmd.com

Uma das coisas mais legais nos cupins é que eles são mestres da engenharia. A estrutura de suas obras conta inclusive com reguladores de temperatura. Fora o fato de que se uma parte do cupinzeiro for destruída eles a reconstroem com uma perfeição ímpar.



 Aqui a galera do mal está toda reunida! Dá esquerda para direita temos: a larva, a ninfa, o operário, o soldado, o cupim alado, o rei e por último, mas não menos importante a rainha. Estes são os principais representantes da casta dos cupins.


 Larva

Ninfa

 Operário

  
Soldado

 
 Cupim alado



 
 O rei

A rainha



Como base utilizei tampinhas de garafa mesmo e quanto aos cupins propriamente ditos bem fiz alguns rascunhos baseados em cupins reais para poder criar as miniaturas. Usei uma aparência mais surrealista para as miniaturas, pois achei que causaria um impacto maior. Já a massa bem não foi argila e sim uma massa específica para confecção de bonecos, miniaturas e afins. É uma polyclay (massa de polímeros) se parece com massinha escolar, entretanto difere desta, pois se colocada no forno ela endurece. Se bem que apesar de ter uma textura mais rígida que a massinha nas fotos ela parece durepoxi.

 Aqui todos eles prontos para serem cozidos (na verdade tá mais para serem assados).




Depois que endurecem após alguns bons minutos no forno comecei o processo de pintura. Na larva e na ninfa usei cores claras para lhes dá uma aparência mais pálida. Usei tintas guache mesmo que é mais opaca tirando alguns detalhes em preto nas antenas e patas de alguns cupins. Esses foram feitos com tinta nankin que é uma tinta originária da China feita com pó-de-sapato e muito utilizada em desenhos e escrita.




 
 

 Para criar esse efeito pegajoso e nojento utilizei goma arábica a parada é tipo uma cola branca só que não é branca e não cola nada (ou eu que não sei usar vai saber), mas o fato é que para esse tipo de acabamento ela é ótima. Na verdade ela é uma resina natural que ostenta polissacarídeos e glicoproteínas em sua composição. É extraída da Acacia senegal e Acacia seyal. Duas plantas específicas nativas da região região subsaariana.




 Nessa foto coloquei a galerinha em frente ao cupinzeiro e se notarem no quarto cupim da esquerda para direita podemos notar bem o efeito da tinta nankin.





 

Por fim o cupinzeiro visto de trás como uma estrutura normal na hora da apresentação o virei para explicar como ele funciona por dentro e nossa foi surpreendente. Notem que eu na versão final da pintura da rainha não usei o branco. Apenas apliquei uma mão dessa cor para ver como o efeito da goma arábica se daria na escultura. A base deles pintei de preto e para a cor da pele dos cupins (menos a larva e a ninfa) usei damasco. Honestamente nunca na vida imaginei que iria fazer uma réplica de um cupinzeiro e cupins em miniatura, mas devo dizer que poucas coisas na vida me deixaram tão gratificado e todos no seminário gostaram bastante também.

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