19/08/2014:
A noite acabará de nascer e ele deslizava pelos arranha-céus
da selva de pedra. Um predador em uma cidade grande e movimentada. Ele olhava
para baixo do alto de um prédio e saboreava a imagem do que lhe parecia ser um
banquete. Um grande deleite para seus olhos castanhos: Um pescoço.
Ele se destacava na multidão pele macia e clara como a luz
da lua crescente. Sua dona magra e esguia. Uma bela garota de não mais que
vinte anos usando um vestido preto e sem mangas. As presas do predador gotejavam
só de pensar na ideia de morder a garota. Ele a seguiu pulando de telhado em
telhado. Esperava que sua presa indefesa se deslocasse para um lugar mais
discreto sem tantas testemunhas.
O ser seguiu a jovem por dois quarteirões já estava bem
próximo da menina, mas ela não o notava. Ela dobrou a esquina e se dirigiu a um
beco: o momento propicio chegou! O ser pálido de aspecto fúnebre desceu do
telhado. A jovem sentiu o ar ficar mais frio ela então virou-se para trás
alguém estava ali!
Seus olhos cor de mel foram confrontados com nada menos do
que uma lata de lixo. Não havia ninguém ali. Quando a jovem voltou seu olhar novamente
para frente viu um homem alto, pálido, com uma camisa e calças pretas. O cabelo
castanho escuro e nos lábios caninos salientes. Era um vampiro com olhos
castanhos que ostentavam um mistério oriundo de mais de trezentos anos de experiência
em fazer os que lhe eram próximos sofrer.
Nesse instante eles ficaram vermelhos e fluorescentes como
uma lâmpada de led. Ele apertou a menina com seus braços. Iria mordê-la,
entretanto sentiu uma pontada fina em seu peito. Não acreditava, mas viu o
sangue escorrer por seu abdômen. Não era o sangue da jovem e sim o seu. Ela em
um instante enterrara uma estaca em seu coração.
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