Postado originalmente em 4 de novembro de 2017:
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.
Fernando Pessoa.
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06 maio 2018
AUTOPSICOGRAFIA de Fernando Pessoa.
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Detalhes sobre o autor
Administrador de formação, entusiasta da ilustração e desenho vetorial e escritor por paixão gosta de videogames, livros e filmes. Curte assuntos interessantes e divertidos. Fã de suspense e histórias de terror é um nerd de carteirinha e adora Star Wars e outras coisas maravilhosas da cultura Pop.
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