08/07/2018:
Depois de quatorze anos de ausência vemos novamente a
família de super-heróis mais carismática do cinema em uma continuação excelente.
Começando exatamente onde termina o primeiro longa: na batalha contra o
escavador. Uma sequência épica de ação que mostra o minimalismo da produção em
efeitos grandiosos e realistas.
Não se esquecendo, claro, de temas importantes desde o
primeiro filme: a duplicidade entre a vida de herói e a normal ao mesmo tempo.
Ao término da sequência de ação onde todo o trabalho e dedicação dos heróis é
posta à prova, os mesmos são confrontados com a responsabilidade de seus atos e
tem de arcar com eles. Edna mostra toda a sua sabedoria em um momento crucial
da trama e o Gelado continua ótimo como sempre.
Quando as coisas pioram vemos que no fim das contas a vida
real não é nada fácil. Helena consegue um super emprego e Beto fica com as
crianças. Um grande desafio para alguém que não sabe como lidar com esse
aspecto da vida. Helena, por sua vez, vê em seu ápice profissional a falta que
ela sente dos filhos e do esposo. Dramas tão comuns e uma inversão de papeis
muito vistos hoje em dia.
As crianças também vivem essa dicotomia e tentam viver buscando
o heroísmo, mas se deparando com problemas corriqueiros. Desde a matemática para
Flecha (que também desafia o pai) até o relacionamento amoroso de Violeta com
seu amigo de escola. Além de Zezé e seus múltiplos poderes. Desta forma Os Incríveis
II nos traz pessoas normais (o que aumenta nossa identificação com eles) tentando
equilibrar suas vidas. Já o vilão é uma surpresa excelente. Muito bem
construído e fundamentado. Enfim, uma história lúdica que encanta as crianças e
conquista os adultos por seus dramas que são tão nossos. Realmente um filme
incrível.
Foto: Disney / Pixar
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